Existe algum problema em o cristão ser rico? Esta com toda a certeza é uma das perguntas que mais dividem opiniões no meio do povo de Deus. Mas não, não há nenhum problema em um cristão ser rico, e no decorrer deste artigo vamos entender isto de forma mais clara e desta forma talvez revermos alguns conceitos e nos livrarmos de alguns pré-conceitos que adquirimos ao longo dos anos.
Em Mt.19: 16 ao 23, encontramos o relato de um jovem rico, que no livro de Lucas é chamado de “príncipe” indicando que provavelmente aquele jovem era alguém muito importante e influente naquele tempo, talvez um líder ou integrante do governo. Mas a questão é que aquele jovem vem até a presença de Jesus e lhe faz a pergunta que Ele mais gostava de ouvir: “Bom mestre, o que devo fazer para ter a vida eterna?” O próprio fato de o jovem chamar Jesus de bom mestre, já nos dá uma ideia de que ele já tinha ouvido falar de Jesus e talvez até já o tinha visto ensinar sobre o reino, mas a resposta de Jesus para ele foi curta, direta e objetiva, tanto quanto foi a pergunta, e disse: “Guarde os mandamentos.”
Mas aquele jovem parecia ter bons princípios em sua vida e respondeu que isso ele já fazia pois seus pais já o tinham ensinado e Jesus complementou: “Vende tudo que tens e dá aos pobres e terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me.”.
Posso imaginar o semblante deste jovem mudando, pois o Mestre, aquele que conhece as profundezas do coração, sabia que aquele jovem tinha seu coração preso aos bens materiais e por isso, pediu que vendesse seus bens, pois como a palavra nos diz, onde está o nosso tesouro ali está nosso coração. No final desta passagem Jesus diz aos seus discípulos que é muito difícil um rico entrar no céu e este é o ponto em que muitos se equivocam, porque Jesus disse que é difícil, mas não impossível.
Vamos pegar outro exemplo, mas agora de um homem muito rico chamado Jó, homem reto, temente a Deus e que desviava do mal é isso que a Bíblia diz sobre ele, este homem mesmo sendo muito rico, não estava preso a sua riqueza terrena e carnal, mas sim as riquezas espirituais que baseavam sua vida, Jó era um verdadeiro servo de Deus, e isso causou raiva no diabo, que pediu a Deus para testar a Jó, achando que tirando sua riqueza ele iria negar a Deus, bem, o final da história todos conhecem, Jó perdeu tudo que o tinha, bens, filhos, amigos e até a sua saúde, mas não negou sua fé e Deus o restituiu tudo e de forma multiplicada.
Então já temos o primeiro exemplo de um homem rico que servia a Deus com integridade e com toda certeza foi salvo, muitos outros exemplos poderíamos analisar como Abraão, Salomão que foi o homem mais rico que já existiu e se tornou rico por justamente não ter pedido riquezas quando Deus lhe concedeu que fizesse um pedido e ele pediu por sabedoria, também Jacó, Moisés e José, que viveram períodos de riqueza e não mudaram sua forma de agir e sua comunhão com Deus.
O que nos afasta de Deus e por consequência do céu, não sãos as riquezas, mas o valor que damos a elas, não estou aqui praticando ou defendendo este câncer nas igrejas chamado “evangelho da prosperidade”, mas até mesmo por conhecer muitas pessoas abastadas financeiramente mas que são usadas por Deus eu afirmo que não há problema algum em ser rico, mas o verdadeiro cristão não considera o dinheiro uma riqueza e sim uma benção, nossas verdadeiras riquezas estão onde o ladrão não rouba e a ferrugem e a traça não destroem, nossa maior riqueza é a presença de Deus em nós e a unção do Espírito Santo.
O pastor Silas Malafaia tem uma frase que considero muito bem elaborada e encaixa neste tema: “Dinheiro é uma benção, mas sou eu quem domina meu dinheiro e não meu dinheiro que me domina”.
Devemos andar e viver voltados para Deus e atentos ao seu agir e falar, como nos diz a palavra, buscando primeiro as coisas que são do alto e as demais nos serão acrescentadas.
Deus nos abençoe!!
Por: Tiago Emanuel Monteiro