Em Jesus, Deus veio como um homem pobre, viveu como um homem pobre e morreu como um homem pobre. Ele é o exemplo ideal para os pobres. E, como tal, Jesus se importava profundamente com os empobrecidos.
Precisamos ser o que acreditamos
O que fazemos com nossas crenças é tão importante para Jesus quanto aquilo em que acreditamos. Precisamos ter compromisso total de amar a ele e aos outros.
Jesus ama ações, como mostra a sua declaração a um jovem rico: “Se você for perfeito, vá, venda o que possui e dê aos pobres e terá um tesouro no céu; e vem, segue-me” (Mateus 19:21; ver 19:16–30).
O homem se afasta triste. Jesus então diz a famosa frase:
Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Mateus 19:23,24
Os discípulos de Jesus então perguntam:
Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. Mateus 19:25,26
Jesus não está sugerindo que é impossível para uma pessoa rica entrar no reino dos céus, ou ser salvo – Ele está dizendo que isso só é possível com Deus.
Muitos de nós somos como o jovem rico.
De um lado falamos de fidelidade a Jesus, mas do outro lado estamos falando de lealdade às armadilhas da riqueza.
Eu sei, porque o jovem rico faz as mesmas perguntas que muitos fariam. Veja os eventos que levaram Jesus a fazer sua declaração sobre os ricos:
E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus… Mateus 19:16,17b
Jesus está claramente frustrado e talvez até ofendido: “Por que você está me perguntando sobre o que é bom?” O homem está fazendo a pergunta errada.
Ele não pergunta como ele pode seguir Jesus, ou o que significa ser um discípulo – ou que coisa boa ele pode fazer pelo mundo em nome de um bom Deus.
Ele pergunta: “O que devo fazer para ter a vida eterna?”
Se formos honestos conosco mesmos, não é essa a pergunta que muitos de nós estamos fazendo a Deus hoje? Jesus está insatisfeito com essa questão.
A vida eterna (salvação) é o grande presente de Deus, mas é para ser um presente que estimula a ação. É destinado a nos dar um propósito.
Quando fui confrontado com a realidade da história do jovem rico, outra vez poderia ter feito a mesma pergunta:
“Quais [mandamentos]?” Jesus cita ao homem diversos mandamentos relacionais, e ao fazê-lo, basicamente implica “Todos eles.”
O homem diz a Jesus que ele observou isso e depois pergunta: “O que me falta?”
É essa questão que chega à raiz do problema. Jesus diz ao homem que ele não tem auto-sacrifício pelos outros – ele não dá, na medida em que é doloroso para ele.
Ele não tem a capacidade de deixar de lado sua riqueza em prol do evangelho. A riqueza serve para abençoar os outros. – (ver Gênesis 12:1-3, por exemplo).
O que Jesus nos diria hoje
Simplificando, quando aplicamos as declarações de Jesus hoje, elas parecem se afastar de qualquer relacionamento, ocupação, evento ou coisa que se interponha entre você e seguir a Jesus.
Jesus nos chamou para unir-se a ele em Sua obra – para acreditar nisso com tudo o que temos. O custo pode ser difícil de suportar ou entender às vezes, mas quando é colocado na perspectiva de tudo o que Cristo fez por nós – morrendo por nossos pecados – parece muito pouco.
A Moeda de Jesus e os problemas da pobreza
A moeda do reino de Jesus é diferente da nossa. A economia de Jesus é baseada no auto-sacrifício e no amor como moeda. Para Jesus, crença e ações são a mesma coisa.
Quanto mais reflito sobre o problema da pobreza – e o que Jesus tem a dizer sobre isso -, mais percebo que somos os próprios problemas dos pobres, tanto quanto eles.
Nossas inações criaram muitos deles. Nós – todos nós – somos culpados pelo estado do nosso mundo. Mas também podemos nos unir a Jesus para mudar o estado do nosso mundo.
Se Jesus acreditava que a crença é sobre a ação, por que não nós? Por que não nos dedicamos a levar o verdadeiro discipulado e amor aos outros, quando é o que Cristo nos disse para fazer?
De que adianta acreditar sem oferecer a verdadeira esperança?
Deus nos pediu para demonstrar nossa crença, trazendo boas novas para aqueles que se sentem sem esperança.
Somos chamados a abandonar tudo por Ele – o que Ele está chamando você a abandonar por Ele? Esta é a visão de Jesus sobre a economia.
Ele imagina como o mundo poderia ser e nos chama para se unir a Deus no processo de tornar essa visão uma realidade. É sobre trocar as moedas deste mundo pela moeda do amor.
Autor: John D. Barry é o CEO e fundador da Economia de Jesus, dedicado a criar empregos e igrejas no mundo em desenvolvimento. Por causa da crença de John de que os negócios também podem transformar vidas, a Economia de Jesus também oferece uma loja on – line de comércio justo. Atualmente, ele lidera os esforços da Economia de Jesus para Renew Bihar, na Índia – um dos lugares mais pobres do mundo, onde poucos ouviram o nome de Jesus.