Esse post é uma continuação do seguinte link: http://bibliacomentada.com.br/index.php/2013/07/05/doutrina-da-graca-podemos-optar-por-seguir-a-cristo-ou-e-ele-quem-nos-escolhe/
Em outro post abordamos a espinhosa questão das doutrinas da Graça e do Mérito e que são objetos de diferentes entendimentos por parte do catolicismo e das várias correntes dentro do próprio protestantismo. O debate que delas decorre até nossos dias, sem dar mostras de cessar ou arrefecer, apresenta a também espinhenta questão da justiça divina, ou seja, do que pode se esperar de Deus em função de tais doutrinas.
Tal questão pode ser resumida na pergunta, sendo Deus onisciente, tem Ele conhecimento do dia a dia dos homens, nada fazendo para mudar aqueles que descambarão para caminhos errados?
A resposta é afirmativa e a questão se resolve, ao meu ver, em primeiro lugar, com a aposição do livre-arbítrio, capacidade dada ao homem por Deus para que decida e escolha rumos para si enquanto criatura consciente de si, e também se resolve pela insondabilidade dos decretos divinos, alheios à interpretação ou antecipação humanas, o homem jamais conseguindo alcançar o propósito divino, o que retiraria Dele um poder que é único e supremo.
Outro ponto de dificuldade, e continuamos a escrever sobre pontos espinhosos associados à interpretação humana da doutrina do mérito e da graça divina, pode, resumidamente, ser assim apresentado: se o mérito, por ser, conforme a doutrina protestante, inexistente no homem, não contando na obtenção da Graça, é possível que a um criminoso cruel seja concedida a Graça, a mesma não sendo aportada a um fiel seguidor dos caminhos prescritos na Bíblia ou pela religião? E também possível que um crente fervoroso seja condenado e um não crente seja agraciado? Exemplificadamente, que Gestas, e não Dimas, seja aquinhoado com a Graça?
A resposta é sim, isso é possível. Lembre- se: os decretos divinos são inescrutáveis e não cabe ao ser humano questionar ou contestar a autoridade divina, tudo se resumindo, para que não caia todo o edifício lógico em que se baseia toda a argumentação, à não obrigatoriedade de Deus com relação a nenhum ato humano, o que retiraria o poder absoluto que Ele detém, e em que se baseia todo o seu poder como Criador, poder que, por definição, só pode ser incondicionado e ilimitado.
Assim, e para finalizar, obrigar Deus a uma contrapartida por qualquer ação humana, é delimitar seu poder, que só pode ser infinito, algo inconcebível nos próprios termos das formulações religiosas protestantes e as derivadas da tradição religiosa hebraica.
Por Roberto Procópio
Quando a biblia diz que Jesus escolheu os discipulos, quer dizer escolheu para a obra. E Deus faz isso até hoje, Ele escolhe um para uma coisa e outro pra outra coisa. Essa escolha não se refere a salvação, pq isso seria fazer acepção de pessoas, e isso a biblia afirma que Deus não faz. E tambem se fosse Deus quem escolhece quem será salvo e quem será condenado, pra que então Jesus mandaria nós evangelhizarmos pelo mundo todo. E outra, Jesus sempre deixou claro que depende de nós (livre arbítrio), “se abrirdes a porta” , “vinde a mim”, “aquele que perseverar até o fim”, “quem quer ganhar a vida eterna, perde-la-á sua vida terrena”. “quem quer vir após mim, segue-me”, etc, etc.. Os pastores falam que foi Deus que te escolheu, pq é bonito e agradavel de se falar, e outros é por falta de revelação the palavra mesmo. E se é Deus que decide por nós, somos marionetes então? Acredito que não.