Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram.
O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo.
Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênue nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com raios e trovões.
Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água.
Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da torrente de água havia um arbusto crescendo de uma fenda de rocha.
Neste arbusto encontrava-se um ninho.
Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Sabe qual foi a pintura ganhadora?
O rei escolheu a segunda.
Sabe por quê?
– Porque, explicou o rei:
– Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor.
– Paz significa, apesar de se estar no meio de um turbilhão, apesar de tudo isso, permanecer calmo e tranqüilo.
Lembre-se que Jesus disse o seguinte:
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33
É impressionante que na mesma frase Cristo tenha colocado a palavra paz e aflições, justamente porque são as aflições que nos roubam a paz, mas não deve ser assim conosco, devemos sempre repousar nos braços de nosso mestre.