E levaram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele. E muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. E aqueles que iam adiante, e os que seguiam, clamavam, dizendo: Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor; Bendito o reino do nosso pai Davi, que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas. Marcos 11:7-10
Havia algo ambivalente sobre este dia emocionante descrito nos versos acima. Se você conhece o resto da história, está ciente de que a semana foi se desenrolando totalmente diferente desse episódio até sexta-feira. [2]
A história chegou ao seu clímax, não quando Jesus entrou em Jerusalém, mas quando Ele chorou sobre ela.[3]
Pouco tempo depois, o aplauso terminou. Rapidamente, o humor mudou. E uma grande verdade foi dramaticamente reforçada. A verdade de que “a voz do povo é inconstante“.
Os políticos certamente conhecem esse fato. Eleição após eleição, os mesmos que prejudicaram o povo com leis absurdas que favorecem apenas os próprios políticos, estão sempre de volta.
Você lembra do ex-presidente Fernando Collor, chegou a ser afastado temporariamente por um processo de impeachment, renunciou a presidência em 1992 após 2 anos da posse. Mesmo depois de tudo o que ocorreu ele foi eleito senador em 2006 e 2014, e cogita disputar a presidência agora em 2018.
Grande parte dos políticos que sofrem ações por corrupção, ainda assim conseguem se eleger novamente, o que é algo realmente impressionante.
A voz das pessoas nem sempre pode ser confiável. Nos eventos esportivos, a mesma multidão que reprova loucamente um jogador depois de uma série de erros o exaltará violentamente após uma ótima jogada.
As multidões têm uma memória curta. Eles geralmente perguntam: “O que você fez agora para mim?”
Isso aconteceu com Jesus. As mesmas vozes que gritaram: “Hosana!” No domingo gritavam: “Crucifica-o” e “Dá-nos Barrabás”, na manhã de sexta-feira [4]. Isto é muito triste.
Judas acabou vendendo Jesus por 30 peças de prata [5]. E quando Jesus foi preso na noite de quinta-feira no Jardim de Getsêmani, o Evangelho de Mateus fecha a cena com essas palavras arrepiantes: “Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram”. [6] Para onde foram todos os aplausos então?
Quando Jesus estava no caminho para o Calvário na sexta-feira, severamente lacerado e espancado, lutando sob o peso de sua própria cruz, ele precisava de alguém para levar a cruz para ele.
Certamente um dos discípulos pularia da multidão e se voluntariaria? Certamente, um deles iria surgir agora? Mas não, um estranho chamado Simão, que só passava pela cidade, teve que ser forçado por um soldado para levar a cruz [7].
Esta passagem deve nos deixar questionando a nós mesmos: “Nós teríamos atitudes melhores do que esses discípulos? Nós melhoramos hoje?]
Devemos garantir que nosso louvor não esteja limitado a domingo de manhã. Devemos ter certeza de que nosso louvor não se limita ao que Deus faz por nós. Devemos garantir que nosso louvor seja traduzido em serviço. Vamos nos dedicar a ser leais ao nosso Mestre.
Referências:
[1] Lucas 6:26
[2] Marcos 11: 1-11; Mateus 21: 1-11; Lucas 19: 28-40; João 12: 12-19
[3] Lucas 19: 41-44
[4] Mateus 27: 15-26; Marcos 15: 6-15; Lucas 23: 13-25; João 18: 39-19: 16
[5] Mateus 26: 14-16; Marcos 14: 10-11; Lucas 22: 3-6
[6] Mateus 26:56
[7] Marcos 15:21
Fonte: Kevin Pauley – Live as if…