“O governo imperial se incomodava com o crescimento e com os “mistérios” que envolviam os cristãos, que se negavam a participar das cerimônias religiosas regulares realizadas pelos romanos, bem como aceitar que o imperador fosse adorado como um deus. Este foi o principal motivo das perseguições”.
Eram perseguidos por não atribuir louvores ao rei, “porque o Cristianismo reconhecia, como criador de todas as coisas, um único Deus, aquele que defendia o amor à bondade e a igualdade entre todos os homens”.
Os cristãos pregavam a palavra do Deus vivo se reuniam para cultuar e adorar, e isso enfureciam os romanos, porque para eles não poderia haver outro rei além de César.
“A primeira perseguição contra a Igreja deu-se no ano 67 d.C, sob o domínio de Nero, o sexto imperador de Roma. Durante os cinco primeiros anos de seu reinado, o monarca agiu de forma tolerante. Depois, porém, deu vazão às mais atrozes barbaridades. Entre outros caprichos diabólicos, ordenou que a cidade de Roma fosse incendiada — ordem cumprida por seus oficiais, guardas e servos. Enquanto a cidade imperial ardia em chamas, subiu à torre de Mecenas a fim de tocar lira e entoar o cântico do incêndio de Tróia. Fez questão de declarar abertamente que “desejava a ruína de todas as coisas antes de sua morte”. Além do grande edifício do Circo, muitos palácios e casas foram destruídos. Milhares de pessoas pereceram nas chamas; outro tanto foi sufocado pela fumaça ou sepultado sob as ruínas.”
Eles eram perseguidos, considerados um povo desleal, porque adoravam um rei chamado Jesus. “Os cristãos rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador. A adoração ao imperador era considerada prova de lealdade. Havia estátuas de imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Só que os cristãos não faziam essa adoração. Pelo fato de cantarem hinos e louvores e adorarem a “outro Rei, um tal Jesus”, eram considerados pelo povo como desleais e conspiradores de uma revolução. Dentro da igreja misturavam escravos com o povo. E o que era considerado mais absurdo, o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não havia dentro da igreja a divisão: senhor e escravo, os dois eram tratados de forma igual.”
Os cristãos eram maltratados fisicamente e psicologicamente, muitos foram assassinados. “As reuniões dos cristãos despertavam suspeitas, por isso foram acusados de praticarem atos imorais e criminosos durante a celebração da Ceia do Senhor. Eles se reuniam antes do nascer do sol, ou então à noite, quase sempre em cavernas ou nas catacumbas subterrâneas. Eram acusados de incesto, de canibalismo e de praticas desumanas, a ponto de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus. A saudação com o ósculo santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral.”
Essas são algumas razões pela qual os cristãos eram perseguidos. Mas existem varias outras que podemos ver em um estudo mais avançado, porque este assunto é muito extenso. Recomendo que quem queira dar um estudo mais aprofundado no tema leia a seguinte fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3os.
Juliana Moreira de Araújo Silva
Fontes: Santo Vivo.net / Wikipédia / Catacombe.Roma.it