1. Não temos o direito de usar nosso dinheiro como quisermos.
A existência que domina o universo não é nossa, mas de Deus. É essa perspectiva que deve moldar – ou para alguns de nós, remodelar – a maneira como pensamos sobre o dinheiro.
A vida não é primeiramente sobre nossas vontades, desejos, sonhos, propósitos, expectativas ou planos. A vida é sobre a vontade de Deus, o propósito de Deus, o prazer de Deus e a glória de Deus. Não devemos e não podemos olhar para o dinheiro separadamente da realidade última da vida, a existência de Deus.
Fomos criados por Deus segundo seu sábio desígnio e para seu sábio propósito. Nossas vidas não nos pertencem para usarmos como quisermos. Porque fomos criados por Deus, pertencemos a Deus, e porque nosso dinheiro pertence a Deus, não temos o direito de usá-lo e investi-lo como quisermos.
2. O dinheiro indica o que governa nossos corações.
O dinheiro é uma janela precisa do que é realmente importante para nós. Expõe o fato de que deste lado da eternidade é realmente difícil manter em nossos corações como importante o que Deus diz ser verdadeiramente importante.
Existe uma tendência perigosa em cada um de nossos corações de atribuir importância crescente às coisas além de sua verdadeira importância, e essas coisas começam a comandar os pensamentos, desejos e lealdade de nossos corações. Se você estiver humildemente disposto a olhar, seus desejos e uso do dinheiro o ajudarão a ver o que está lutando pelo governo de seu coração.
Todo pecado destrona a sabedoria divina e entroniza a sabedoria humana. Assim é com o dinheiro.
3. O dinheiro pode nos levar a negligenciar Deus.
O dinheiro pode funcionar como ingrediente de um estilo de vida que, ao nível da rua, se esquece da existência de Deus e do seu desígnio. Esse estilo de vida tem mais a ver com a glória pessoal do que com a glória de Deus, e reduz o gasto de dinheiro de uma pessoa ao desejo pessoal, à necessidade autodefinida e à busca de conforto e prazer individuais. Aqueles presos nesse estilo de vida podem não negar teologicamente a existência de Deus, mas seu dinheiro sustenta um estilo de vida que o ignora.
4. Nunca somos mais espertos com nosso dinheiro do que Deus.
Todo pecado destrona a sabedoria divina e entroniza a sabedoria humana. Assim é com o dinheiro. Todo mau uso do dinheiro começa com a elevação da sabedoria humana acima da sabedoria de Deus. Cada pequeno problema de dinheiro começa com a suposição de que algo que Deus diz ser ruim não é tão ruim assim. Cada instância de dívida paralisante começa com a negação da tolice humana e a minimização do valor protetor da sabedoria de Deus. Não há nada mais perigoso para o nosso bem-estar financeiro do que pensar, mesmo que por um instante, que somos mais espertos do que Deus.
5. Os problemas financeiros começam dentro de nós.
É assustadoramente natural para nós culpar a economia, o tamanho do nosso contracheque, o conselho de outra pessoa, o alto custo das coisas ou alguém próximo a nós pelos problemas financeiros em nossas vidas. Muitas vezes é tristemente fácil nos convencermos de que nossos problemas financeiros não são o resultado dos pensamentos e desejos de nossos próprios corações.
6. A imagem impulsiona nossos gastos.
Muito do que nos atrai para comprar o que compramos é que estamos comprando não apenas uma coisa, mas uma imagem. Compramos roupas porque são legais (da moda), então elas nos fazem parecer legais. Gostamos de um determinado carro pela imagem a ele ligada. Queremos viver num determinado bairro porque tem uma boa imagem. Não pagamos apenas para ir a um belo local de resort, mas enviamos selfies de volta para casa para que outras pessoas saibam que estamos lá. Gastamos tanto em coisas por causa do que pensamos de nós mesmos e do que queremos que os outros pensem de nós.
7. O dinheiro irá abençoá-lo ou amaldiçoá-lo.
Será uma ferramenta nas mãos de um Deus de graça, ou será uma porta de entrada para coisas ruins e perigosas. Como os dois lados de uma moeda física, existem dois lados espirituais do dinheiro. Cada lado chama por você. Cada lado tem diante de você uma visão e promessas. A batalha entre os dois lados da moeda do dinheiro trava-se no coração de cada pessoa deste lado da eternidade. O dinheiro é um perigo. O dinheiro é uma bênção. O que será para você?
8. O dinheiro pode nos lembrar do cuidado de Deus por nós.
O dinheiro pode estar em nossos corações como outra evidência da graça de Deus, graça tão terna e fiel que continuamos a receber bênçãos mesmo em nosso pior dia. Deve funcionar como uma flecha apontando para a bondade e fidelidade de Deus. E mesmo quando o dinheiro é escasso, somos lembrados de nossa dependência de alguém maior do que nós e de como devemos ser gratos por não estarmos sozinhos em circunstâncias difíceis.
9. O dinheiro é um meio de bênção.
Existe uma maneira pela qual você e eu sempre nos vemos como um recipiente ou um canal para o dinheiro que recebemos. Ou queremos que o dinheiro pare conosco porque concebemos muitas maneiras de tornar nossa vida melhor, mais fácil ou mais prazerosa, ou pensamos em nós mesmos como um canal e estamos entusiasmados com o fato de que o dinheiro que recebemos pode abençoar e beneficiar a vida dos outros. Ou nosso dinheiro é a moeda que paga as contas das visões de pequeno mercado do reino do eu, ou é uma ferramenta dada por Deus em nossas mãos para participarmos da obra mais ampla do reino de Deus.
10. O dinheiro muda nossa perspectiva sobre a eternidade.
A existência da eternidade nos diz que, uma vez que esta vida não é um destino, mas uma preparação para um destino final, não devemos usar nossos recursos para transformar agora em um paraíso tanto quanto pudermos pagar. A realidade da eternidade também confronta a mentalidade de destino que molda como muitos de nós vivemos.
O objetivo de cada momento é mais do que a felicidade pessoal. É crescimento em santidade. Como seria gastar seu dinheiro com isso em vista?