Estudo de Gênesis 1:28 – Comentado e Explicado

Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
Gênesis 1:28

Comentário de Albert Barnes

A bênção divina é agora pronunciada sobre o homem. Difere da dos animais inferiores principalmente no elemento de supremacia. Presume-se que o poder pertença à natureza do homem, de acordo com o conselho da vontade do Criador Gênesis 1:26 . Mas sem uma permissão especial, ele não pode exercer nenhuma autoridade legal. Pois as outras criaturas são tão independentes dele quanto ele. Como criaturas, ele e eles estão em pé de igualdade e não têm brigas naturais sobre os outros. Portanto, é necessário que ele receba do alto céu uma carta formal de direito sobre as coisas que foram feitas para o homem. Portanto, ele está autorizado, pela palavra do Criador, a exercer seu poder de subjugar a terra e governar o reino animal. Esta é a sequência do encontro de sua criação à imagem de Deus. Sendo formada para o domínio, a terra e seus vários produtos e habitantes são designados a ele para a exibição de seus poderes. A subjugação e a decisão referem-se não ao mero suprimento de suas necessidades naturais, para o qual é feita provisão no versículo seguinte, mas à realização de seus vários propósitos de ciência e beneficência, seja para os animais inferiores ou para sua própria raça. É parte da razão intelectual e moral empregar o poder para os fins do general, nada menos que o bem pessoal. O domínio do homem deve ser benéfico.

Comentário de Thomas Coke

Gênesis 1:28 . Deus os abençoou, etc. – Ele pronunciou sua bênção sobre eles: deu-lhes a terra como posse deles e ordenou que eles se multiplicassem e reabastecessem com os habitantes. Os filhos e o fruto do útero são uma herança e um presente que vem do Senhor.

E subjugue – O homem, por sua sabedoria superior, é provido de métodos para fazer os animais mais ferozes cederem e os mais fortes para servi-lo; e ele tem domínio sobre todos, mediante concessão do próprio Deus. Nós a perdemos pelo pecado, mas Deus em misericórdia não a retomou totalmente: embora muito se tenha perdido e tudo tenha sido, não fosse o Reparador da brecha, que se tornou o Salvador de todos os homens; mas especialmente daqueles que acreditam; para todos eles é restaurado, pois tudo é nosso, no uso santificado deles, quando somos de Cristo.

Comentário de Adam Clarke

E Deus os abençoou – Marcou-os como estando sob sua proteção especial e deu-lhes poder para propagar e multiplicar sua própria espécie na terra. Um grande volume seria insuficiente para conter o que sabemos da excelência e perfeição do homem, mesmo em seu estado atual e degradado. Tanto seu corpo quanto sua alma são adaptados com uma sabedoria surpreendente à sua residência e ocupação; e também o local de sua residência, bem como os objetos circundantes, em sua diversidade, cor e relações mútuas, com a mente e o corpo desse senhor da criação. A invenção, arranjo, ação e reação das diferentes partes do corpo mostram a habilidade admirável do maravilhoso Criador; enquanto os vários poderes e faculdades da mente, agindo sobre e pelos diferentes órgãos deste corpo, proclamam a origem divina da alma e demonstram que aquele que foi feito à imagem e semelhança de Deus, foi uma transcrição de sua própria excelência, destinado a conhecer, amar e habitar com seu Criador por toda a eternidade.

Comentário de Thomas Coke

Gênesis 1:28 . Deus os abençoou, etc. – Ele pronunciou sua bênção sobre eles: deu-lhes a terra como posse deles e ordenou que eles se multiplicassem e reabastecessem com os habitantes. Os filhos e o fruto do útero são uma herança e um presente que vem do Senhor.

E subjugue – O homem, por sua sabedoria superior, é provido de métodos para fazer os animais mais ferozes cederem e os mais fortes para servi-lo; e ele tem domínio sobre todos, mediante concessão do próprio Deus. Nós a perdemos pelo pecado, mas Deus em misericórdia não a retomou totalmente: embora muito se tenha perdido e tudo tenha sido, não fosse o Reparador da brecha, que se tornou o Salvador de todos os homens; mas especialmente daqueles que acreditam; para todos eles é restaurado, pois tudo é nosso, no uso santificado deles, quando somos de Cristo.

Comentário de John Calvin

28. And God blessed them This blessing of God may be regarded as the source from which the human race has flowed. And we must so consider it not only with reference to the whole, but also, as they say, in every particular instance. For we are fruitful or barren in respect of offspring, as God imparts his power to some and withholds it from others. But here Moses would simply declare that Adam with his wife was formed for the production of offspring, in order that men might replenish the earth. God could himself indeed have covered the earth with a multitude of men; but it was his will that we should proceed from one fountain, in order that our desire of mutual concord might be the greater, and that each might the more freely embrace the other as his own flesh. Besides, as men were created to occupy the earth, so we ought certainly to conclude that God has mapped, as with a boundary, that space of earth which would suffice for the reception of men, and would prove a suitable abode for them. Any inequality which is contrary to this arrangement is nothing else than a corruption of nature which proceeds from sin. In the meantime, however, the benediction of God so prevails that the earth everywhere lies open that it may have its inhabitants, and that an immense multitude of men may find, in some part of the globe, their home. Now, what I have said concerning marriage must be kept in mind; that God intends the human race to be multiplied by generation indeed, but not, as in brute animals, by promiscuous intercourse. For he has joined the man to his wife, that they might produce a divine, that is, a legitimate seed. Let us then mark whom God here addresses when he commands them to increase, and to whom he limits his benediction. Certainly he does not give the reins to human passions, (96) but, beginning at holy and chaste marriage, he proceeds to speak of the production of offspring. For this is also worthy of notice, that Moses here briefly alludes to a subject which he afterwards means more fully to explain, and that the regular series of the history is inverted, yet in such a way as to make the true succession of events apparent. The question, however, is proposed, whether fornicators and adulterers become fruitful by the power of God; which, if it be true, then whether the blessing of God is in like manner extended to them? I answer, this is a corruption of the Divine institute; and whereas God produces offspring from this muddy pool, as well as from the pure fountain of marriage, this will tend to their greater destruction. Still that pure and lawful method of increase, which God ordained from the beginning, remains firm; this is that law of nature which common sense declares to be inviolable.

Subdue it He confirms what he had before said respecting dominion. Man had already been created with this condition, that he should subject the earth to himself; but now, at length, he is put in possession of his right, when he hears what has been given to him by the Lord: and this Moses expresses still more fully in the next verse, when he introduces God as granting to him the herbs and the fruits. For it is of great importance that we touch nothing of God’s bounty but what we know he has permitted us to do; since we cannot enjoy anything with a good conscience, except we receive it as from the hand of God. And therefore Paul teaches us that, in eating and drinking we always sin, unless faith be present, ( Romans 14:23 .) Thus we are instructed to seek from God alone whatever is necessary for us, and in the very use of his gifts, we are to exercise ourselves in meditating on his goodness and paternal care. For the words of God are to this effect: ‘Behold, I have prepared food for thee before thou wast formed; acknowledge me, therefore, as thy Father, who have so diligently provided for thee when thou wast not yet created. Moreover, my solicitude for thee has proceeded still further; it was thy business to nurture the things provided for thee, but I have taken even this charge also upon myself. Wherefore, although thou art, in a sense, constituted the father of the earthly family, (97) it is not for thee to be overanxious about the sustenance of animals.’ (98)

Some infer, from this passages that men were content with herbs and fruits until the deluge, and that it was even unlawful for them to eat flesh. And this seems the more probable, because God confines, in some way, the food of mankind within certain limits. Then after the deluge, he expressly grants them the use of flesh. These reasons, however are not sufficiently strong: for it may be adduced on the opposite side, that the first men offered sacrifices from their flocks. (99) This, moreover, is the law of sacrificing rightly, not to offer unto God anything except what he has granted to our use. Lastly men were clothed in skins; therefore it was lawful for them to kill animals. For these reasons, I think it will be better for us to assert nothing concerning this matter. Let it suffice for us, that herbs and the fruits of trees were given them as their common food; yet it is not to be doubted that this was abundantly sufficient for their highest gratification. For they judge prudently whomaintain that the earth was so marred by the deluge, that we retain scarcely a moderate portion of the original benediction. Even immediately after the fall of man, it had already begun to bring forth degenerate and noxious fruits, but at the deluge, the change became still greater. Yet, however this may be, God certainly did not intend that man should be slenderly and sparingly sustained; but rather, by these words, he promises a liberal abundance, which should leave nothing wanting to a sweet and pleasant life. For Moses relates how beneficent the Lord had been to them, in bestowing on them all things which they could desire, that their ingratitude might have the less excuse.

Comentário de Joseph Benson

Gênesis 1:28 . Seja frutífero e reabasteça a terra – Uma grande propriedade lhes é dada, e eles devem preenchê-la com habitantes, cultivá-la e desfrutar dos frutos que produz. Mas essas palavras contêm antes uma bênção e uma promessa do que uma ordem, como aparece em Gênesis 1:22 , onde as mesmas palavras são aplicadas às criaturas brutas, que não são capazes de entender ou obedecer a uma ordem.