10“Vocês são minhas testemunhas”,
declara o Senhor,
“e meu servo, a quem escolhi,
para que vocês saibam e creiam em mim
e entendam que eu sou Deus.
Antes de mim nenhum deus se formou,
nem haverá algum depois de mim.
11Eu, eu mesmo, sou o Senhor,
e além de mim não há salvador algum.
12Eu revelei, salvei e anunciei;
eu, e não um deus estrangeiro entre vocês.
Vocês são testemunhas de que eu sou Deus”,
declara o Senhor.
Isaías 43:10-12
A cada dia nossos bairros são menos uniformes e mais pluralistas.
Por exemplo, no bairro de muitas igrejas, a chegada de pessoas somalis nos últimos dois anos mudou a cara da rua. Muitos deles são muçulmanos. Indianos de origem hindu esperam com afro-americanos e mães anglo-americanas para colocar seus filhos no ônibus pela manhã. Então as pessoas locais seculares defendem o relativismo com facilidade: o que é verdade para você é o seu Deus, e o que é verdade para mim é o meu deus – tudo o que funciona está bem.
Assim, os cristãos devem pensar que Deus está projetando uma situação como os primeiros três séculos no Império Romano, onde o cristianismo se enraizou e se espalhou de forma tão dramática. Não havia consenso cristão. Nem ética judaico-cristã. Não havia status de religião mais favorecida. De fato, não havia direitos garantidos para os cristãos nem liberdades constitucionais. Não havia categorias comuns de monoteísmo, pecado ou eternidade que as testemunhas cristãs pudessem assumir. Nem TV, nem rádio, nem revista dando uniformidade cultural ao império. Não havia livros best-sellers ligando a Espanha ao Egito de uma forma comum de pensamento.
Em vez disso, havia um pluralismo generalizado.
Então, haviam muitos deuses e muitas filosofias. Estilos de vida estoicos e sensuais. Havia rotas comerciais do Oriente e do Ocidente com visões de mundo religiosas e filosóficas de longe e de perto espalhando seus pontos de vista. Havia práticas religiosas populares, semelhantes à nova era, que não se importavam com a verdade objetiva, mas apenas com a experiência subjetiva e com reivindicações de luz interior. As semelhanças com os nossos dias poderiam ser multiplicadas.
Nesse pluralismo generalizado, os cristãos não vinham principalmente com uma nova ideia sobre a qual pensar, mas com notícias de algo que havia acontecido . Era implacavelmente objetivo, histórico e particular – e, portanto, absoluto e ofensivo em sua reivindicação sobre a vida das pessoas. Deus enviou seu Filho ao mundo para morrer pelos pecados. Ele viveu na Palestina e ensinou por alguns anos, e foi morto como um criminoso, embora inocente, e ressuscitou dos mortos para mostrar que sua morte era um resgate pelo pecado, e ascendeu ao céu onde ele governa o mundo até o momento em que ele virá e estabelecerá o seu reino para todos aqueles que colocaram suas vidas em suas mãos. Foi uma mensagem chocante. Nada como isso já havia sido falado ou ouvido antes.
Nesse processo, eles tinham muitas explicações a dar.
Há um Deus, verdade, pecado. Há ira e julgamento, amor e redenção. Jesus e o Espírito Santo. Existe fé. Existe o céu e o inferno. Assim, é de admirar que, quando Paulo evangelizou o grande centro pagão de Éfeso, ele passou dois anos ensinando cinco horas por dia ( Atos 19:9-10 )? Havia tanto para explicar.
Hoje Deus tem uma grande obra para nós fazermos. Nós somos suas testemunhas. Não se assuste com os desenvolvimentos do pluralismo. Peça a sabedoria, a ousadia e o amor que impulsionou os primeiros crentes e lhes deu triunfos tão surpreendentes. “’Vocês são minhas testemunhas’, declara o Senhor.”